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Saúde Mental: CRF-AP debate alternativas para organizar fluxo de medicamentos controlados no Amapá

A pandemia intensificou o uso de medicamentos para a saúde mental. A procura crescente por produtos para ansiedade, transtorno do pânico e outras doenças causou a necessidade de se estabelecer um fluxo mais eficiente na dispensação desses medicamentos, sobretudo na rede pública.

Por isto, o Conselho Regional de Farmácia do Amapá (CRF-AP) começou a debater alternativas para mudar o cenário atual do fluxo de medicamentos controlados nas redes de Atenção Básica (de responsabilidade dos municípios) e de Especialidades (de responsabilidade do Estado).

Para isto, o órgão levou para a sua 126ª Plenária Ordinária, ocorrida nesta terça-feira, 19 de outubro, na sede da entidade, uma especialista no assunto, a Dra. Ana Paula Oliveira, farmacêutica da rede estadual.

Ela explanou para conselheiros e diretoria do CRF-AP sobre os problemas que têm complicado a vida de pacientes e até de profissionais com o crescimento da demanda por remédios controlados no Amapá.

Para ela, o atual cenário ainda causa muitas confusões tanto nos usuários quanto nos próprios profissionais em razão de uma falta de referência. Ela contou que em alguns casos, devido à falta de orientação, pacientes do interior vão até a capital, na rede estadual, atrás de produtos que são fornecidos pelos municípios.

“A gente nota que muitos pacientes não sabem onde procurar os remédios. Eles vão na rede estadual atrás de medicamentos que são da Atenção Básica e, também, vão nas UBSs atrás de medicamentos que só têm na rede estadual. Então, eles precisam de orientação. Mas para isso é preciso organizar, precisamos de dados dos municípios, precisamos que os municípios adquiram os medicamentos da Atenção Básica. Até o próprio profissional não tem conhecimento, muitas vezes, dos medicamentos que fazem parte do componente básico, do componente especializado. Então, eles também precisam ser orientados. E o CRF-AP é fundamental para nos ajudar nesta demanda”, explicou a Dra. Ana Paula.

O presidente do Conselho, Dr. Márcio Silva, colocou o Grupo de Trabalho de Saúde Pública do CRF-AP à disposição para ajudar na coleta de dados dos municípios. Essas informações, explicou o presidente, serão o ponto de partida para que um novo fluxo de dispensação de medicações controladas possa ser estabelecido no estado de forma mais técnica e informativa à população.

“A pandemia trouxe uma preocupação maior com a saúde mental e, claro, isto demanda mais medicamentos. Nesse contexto, o farmacêutico é fundamental. Nossas comissões vão ajudar nesta demanda para que posamos construir uma proposta clara, objetiva e, em conjunto com as autoridades públicas de saúde, possamos colocar em funcionamento para que os usuários tenham as referências e saibam onde encontrar o seu medicamento devidamente prescrito”, analisou o Dr. Márcio Silva.

Na Plenária, o vice-presidente da entidade, Dr. Douglas Moraes, também atualizou o Relatório de Fiscalização do CRF-AP. A sessão também julgou processos administrativos de autos de infração e multas decorrentes de fiscalizações do Conselho.

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