Farmacêuticos sugerem propostas para a II Conferência Municipal de Saúde Mental de Macapá

Farmacêuticos debateram e elaboraram propostas durante a Etapa Livre da II Conferência Municipal de Saúde Mental de Macapá, realizada nesta quarta-feira (6), na sede do CRF-AP, na capital.

Esta fase antecede ao evento municipal, previsto para ocorrer nos dias 18 e 19 de abril, na capital amapaense.

A Etapa Livre foi conduzida pela presidente do CRF-AP, Dra. Liliane Macedo, e pela secretária geral do Conselho Municipal de Saúde, a enfermeira Nádia Souto, que organiza todo o processo da Conferência da capital amapaense, sob o tema “A Política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS.”

Antes de abrir as discussões, Nádia Souto explanou sobre o funcionamento do SUS e suas diretrizes que garantem o acesso igualitários a todos os brasileiros.

Após os debates, cinco propostas foram lapidadas para serem levadas à etapa municipal. Entre elas, destaque para a sugestão da criação de um fluxograma para os usuários de saúde mental saberem onde podem receber os seus medicamentos. Atrelada a essa proposta, também está o elenco de medicamentos que devem ser dispensados por farmacêuticos nas esferas municipal e estadual.

“A gente percebe que há uma falta de referência geral. As pessoas não sabem onde encontrar esses medicamentos, pois não há um fluxograma definido e nem uma lista de medicamentos elencados estabelecidos e divulgados à população, principalmente de usuários que são do interior e ficam completamente perdidos em Macapá. O elenco de medicamentos é fundamental para evitar, por exemplo, a interrupção do tratamento”, justificou a farmacêutica, dra. Diana Dias, que é secretária geral do CRF-AP.

Outro ponto destacado foi a necessidade de mais capacitações aos profissionais de farmácia para lidar com usuários atendidos no programa de saúde mental. Também foi levantada a proposta de um Programa para avaliação da Saúde Mental de farmacêuticos, pois no período da pandemia ficou evidente que esse aspecto também afeta esses profissionais.

“Foi um evento muito importante porque para elaborar as propostas, nós debatemos questões sobre a saúde mental que ainda não têm muita atenção nas políticas públicas, como a garantia de acesso aos medicamentos sujeitos à controle especial nos estabelecimentos de saúde públicos. E assim contribuímos com essas propostas e serem debatidas na Conferência Municipal, da qual participaremos também”, afirmou a presidente do CRF-AP.

As propostas formuladas serão enviadas para a Comissão Organizadora do Conselho Municipal de Saúde e se juntarão às proposituras de outras etapas livres apara serem analisadas e votadas nos dias da Conferência Municipal.

“A Saúde Mental precisa ser levada a sério e com compromisso. E hoje os farmacêuticos, mesmo com poucas pessoas presentes, mostraram como a política de Assistência Farmacêutica pode contribuir com os usuários de saúde mental do SUS”, comentou Nádia Souto.

A Etapa Livre no CRF-AP também teve a participação e as contribuições da farmacêutica Dra. Heloisa Ribeiro, que trabalha na UBS Álvaro Corrêa, unidade responsável pela dispensação de medicamentos controlados para pacientes atendidos no Programa de Saúde Mental do Município.